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quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

O messias.




          O messias com seu jeito tosco atraiu para ele parte grande que preferiu voltar no tempo e de bom grado ignorar a ciência ou qualquer conceito advindo de suas pesquisas para se submeterem a explicações mitológicas, foi fácil para ele, afinal essa parte não gosta muito de perguntas difíceis, preferem respostas agradáveis vindas de algum representante da divindade. 
          Neste jogo, paradoxalmente, arrastou todos para o mesmo nível na conversa, inclusive os que se opõem e imaginam, alguns, terem uma potência intelectual acima da média e da maioria. 
           De certa forma foi interessante, voltamos bem no tempo, a infância da política. Pode ser que aprendamos juntos, sempre pensando que os talentos, embora todos os tenham, e, de acordo com a vigência agora na república do velho testamento, parece que eles não leram essa parte, Deus quando nos criou não distribuiu os talentos de forma equânime, existem diferenças brutais que precisam ser observadas quando o mito for explicar meritocracia. Senão voltaremos também às práticas dos sacrifícios no alto das montanhas, jogando lá do pico todos que de alguma formam nascerem diferentes. 
          O presidente está fazendo exatamente o que disse que ia fazer. Copiou o modelo de 64, proteção à família, a propriedade e aos bons costumes, tendo o mesmíssimo tipo de apoio da tradicional e conservadora “família brasileira”. Até no viés ideológico a coisa emparelha, está optando pela América liberal de Trump, entregando todos os anéis e os dedos como bônus, permitindo base americana, ao invés da “Rússia comunista” do Putin, que faz manobras em território venezuelano, do Oriente médio e suas 1001 noites, nessa nova/velha guerra fria que descongela. Só que existem novos protagonistas que vão fazer perguntas mais complexas e o pt já morreu - a não ser que faça um mea culpa e ressuscite - não pode servir mais de ancora de vidro para justificar incompetências do profeta e seus discípulos. 
          E a oposição que é representada por parte significativa dessa sociedade tem que dizer exatamente o que quer. Começando por não mais admitir ser só um número nas estatísticas de apoio, sem voz, muda, ignorada por seus procuradores. Exigir o término dos miseráveis conchavos para só manter o poder e cadeiras no oitavo escalão da República.
              Pé na calçada, encher as ruas quando necessário, transpirar pela boa palavra e poder dizê-la com a mais plena liberdade. É isso... Ser contaminado pela poeira, sair do sulco, do facão da estrada, da sala climatizada a 17º.
                No mais petralhas e bolsominions já encheu né.


Júlio César de Carvalho Jota

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