Lembrando
da Alemanha que tentou em várias ocasiões reinar lá no trecho dela, culminando
em duas guerras mundiais; recentemente conseguiu com um bocado de conversa mole
e vaselina colocar todos de joelhos.
Mas este
assunto é para falar das favelas dos morros cariocas transformados em antenas
que atraem todo tipo de especialistas, em segurança nacional, direitos humanos,
politicas públicas de inserção e muitas outras especialidades. Só não conseguem
me explicar o local que estão as lavouras das folhas de coca, de canabis e
lógico a indústria que transforma tudo isso em produto final; onde está o parque
industrial bélico fabricante dos fuzis e dos armamentos pesados que circulam no
pedaço. E por gerar um PIB marginal enorme, maior que o PIB legal tem que
ocupar um território imenso. Digo isto porque a impressão que fica quando mobiliza-se
as forças de defesa nacional para atuar naquele espaço é que tudo acontece ali,
a produção primária, sua transformação e consequente distribuição. Parte da distribuição
acontece ali, mas as outras etapas não. Estes produtos entram pelas fronteiras,
portos, aeroportos, rios, etc .; estas forças tinham que estar atuando nestes
lugares. Se as politicas no Rio estão corrompidas a ponto de gerar descrença
total em todos os seus entes, mormente o que cuida da segurança, o Rio tem que
resolver isso.
Mas vocês sabem
quanto custa o m² na favela do Vidigal, por exemplo, a bagatela de R$9.000,00, a
da Rocinha também. Essas duas especificamente tem um potencial turístico muito
grande em função da maravilhosa visão que se tem do Rio, visto do alto destes
locais. A legislação que trata do uso do solo e ocupação sofreu pequenas
mudanças. A indústria da construção e turismo tem olhado com muito interesse o
local; o Vidigal por exemplo sofreu ressignificações
e vários empresários estão ocupando as lajes, fazendo da favela uma favela que a elite frequenta.
Desde 1940
o Rio tenta a desocupação dos morros sem sucesso; a ultima tentativa foi no
final da década de 1970, mas com o engajamento da classe cultural não conseguiram,
nunca mais tentaram pela força. Quando vieram as UPPs os preços dos imóveis
subiram muito, imaginem agora. Um processo de gentrificação se desenvolvendo
usando como pano de fundo esta violência que existe, mas que serve a muitos interesses.
Será que os generais estão percebendo isso ou cansados da monotonia dos quartéis
optaram por fazer manobras com tiros reais. Só que é muito engraçado ver o
recruta pedir para o “cidadão abrir as pernas” e daí percebo que se o
treinamento começa neste nível é sinal que a coisa vai ser longa ou quem sabe até
o mega mercado da alvenaria estiver com o projeto pronto, incluindo aí a compra
dos “barracos”.
Júlio César de Carvalho Jota
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