A distância gera a forma, coisa que a textura não permite se
nos deixamos contaminar por ela. Mas a forma, matreira, também causa enganos. Um
destempero dialético necessário. Este movimento de extremada subjetividade,
onde o que está fora deixa de ser a cerca que limita, para provocar inúmeras
possibilidades. Entender que em algum momento o outro é incompreensível e isto
não nos impede; de certa forma é o que gera a autonomia. Esta dissonância entre
mão e cabeça faz com que aquela coisa da artesania não aconteça. Daí o artífice
não sente, não intui, não pensa, não entende. Só vaga a mente e mente.
Júlio César de Carvalho Jota
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