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sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Os que estão na rua.

          Crianças que engordavam a renda familiar pedindo nos semáforos, “guardando” carros ou simplesmente ficavam nas ruas para fugir do assédio de pais e mães drogados, bêbados, inaptos para a tarefa, desligados da missão, desapareceram das ruas centrais  e até da periferia, contribuição da bolsa família que obriga os pais a manter os filhos na escola senão perdem o bônus. Mas em uma direção inversa aumentou assustadoramente o número de adultos que ocupam o lugar dos “meninos” no negócio de guardar carros, limpar para-brisas ou simplesmente pedir o dinheirinho do goro. Não uso o ar condicionado do carro, então a minha moeda sai quentinha, às vezes com um aperto de mão implorado, sem o gelo que normalmente é passada pela mínima abertura do vidro da janela daqueles que temem. 
          São muitos e estão aumentando. 
      Quando não recebem a moeda dizem um “mas fique com Deus assim mesmo”, como se a provação fosse causa divina e eu me negasse a auxiliar na remissão daquela prova e Deus estaria de olho em mim. Estão em todos os lugares, só não nos patrulhados e super protegidos não lugares. 

Júlio César de Carvalho Jota

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