Em Várzea Grande MT, cidade com 290 mil habitantes, são executadas 20 pessoas todo mês(média). O fundamentalismo religioso ou qualquer outro é perigoso, estúpido; não tem como aceitar a violência praticada contra quem quer que seja; matando o outro estamos lentamente matando a nós mesmos; lei básica da autopreservação.Mas entupir a mídia 24 horas por dia com ações que acontecem do outro lado do mundo e não perceber ou comentar o que acontece do nosso lado isto é muito conveniente; serve aos interesses de um Estado/País que não cuida dos fundamentos básicos para assegurar a segurança e o direito dos seus e em uma escala menor das pessoas que distribuem a cesta básica humanitária digital e fecha os olhos para as calçadas por onde dá os seus passos. No Brasil deveria ocorrer o que o Estado francês praticou que foi decretar alerta máximo para proteger os seus cidadãos daqueles que praticaram atos de selvageria . Aqui, ao contrário, somos órfãos, pois o Estado está submetido a governos que não tem como prioridade imediata cuidar do direito de ir e vir dos seus cidadãos basta ver a situação de confinamento que os da cidade estão se impondo. Para quem não mora dentro dos muros presidiais dos alfavilles sair e voltar de casa tornou-se um ritual, temos que verificar se a rua esta vazia, se não tem nenhum elemento estranho, ai abrimos o portão. Nos ensinam a administrar consequências, como reagir a um assalto, como andar na rua, como esconder o celular, midiatizam produtos que transformam nosso lar em uma prisão, colocar câmeras, cercas elétricas, portões eletrônicos, arame farpado, como blindar os carros. E as causas? Sabidas por sinal. Até quando. Será que desejam que criemos uma espécie de fundamentalismo para fazer cumprir o que a constituição diz. Será que só aterrorizando a coisa funciona. Sou cético com relação ao futuro, para mim ele só existe projetado no presente e não é desta forma que vamos materializar mundos melhores. É para pensar.
Júlio César de Carvalho Jota
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