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sexta-feira, 25 de julho de 2014

Muros

Detalhes técnicos executados pelo burocrata de plantão que tem como referência uma agenda antiga onde os passos a serem dados já estavam definidos e ele sem questionar simplesmente vai apertando botões.
Já não há assombro no entorno; interesses variados promovem o desinteresse pela vida de outros ou banaliza-se assassinatos, a lei básica da natureza, o direito à vida, é ignorada.
Não tenho o direito de tirar a minha própria vida, como vou autorizar que tirem a vida de outros; como autorizar que alguns tirem a Pátria de outros. Existe ainda uma memória do nomadismo em cada um, mas enquanto urbanos temos o direito de voltar, de ficar em algum lugar. Não posso autorizar que o direito a mobilidade seja tolhido por fronteiras estúpidas ancoradas por muros presidiais que impedem entradas e saídas. Vários muros estão sendo erguidos, nos alfaviles, nas alfavelas e nas infovilas, mas o mais significativo é aquele que covarde e convenientemente tapa nossa visão.


Júlio César de Carvalho Jota

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