Detalhes
técnicos executados pelo burocrata de plantão que tem como referência uma
agenda antiga onde os passos a serem dados já estavam definidos e ele sem
questionar simplesmente vai apertando botões.
Já não há
assombro no entorno; interesses variados promovem o desinteresse pela vida de
outros ou banaliza-se assassinatos, a lei básica da natureza, o direito à vida,
é ignorada.
Não tenho o
direito de tirar a minha própria vida, como vou autorizar que tirem a vida de
outros; como autorizar que alguns tirem a Pátria de outros. Existe ainda uma
memória do nomadismo em cada um, mas enquanto urbanos temos o direito de
voltar, de ficar em algum lugar. Não posso autorizar que o direito a mobilidade
seja tolhido por fronteiras estúpidas ancoradas por muros presidiais que
impedem entradas e saídas. Vários muros estão sendo erguidos, nos alfaviles,
nas alfavelas e nas infovilas, mas o mais significativo é aquele que covarde e
convenientemente tapa nossa visão.
Júlio César de Carvalho Jota
Nenhum comentário:
Postar um comentário