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sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Droga letal

Espermatozoides e óvulos se entendem para formar essa coisa ainda rasa, mas se feto já representa a espécie. Quando nascemos, entendendo a morte como parte desse acontecimento, penso, neste caso, termos recebido, no corte de um cordão já vazio e tendo murchado este cordão, não sei se juntos e se não, também não sei a ordem, são injetados o que anima: se o animal ou anima. Uma inspirada transfusão letal de vida, como uma droga com data determinada para ter seu efeito expirado.
Coisa minimizada neste mundo explicado por judeus, católicos, presbiterianos, batistas, universais, internacionais, muçulmanos e muitos outros quando em alguns momentos parecem dizer que esta droga de vida ingerida, embora letal, serve como teste de admissão para, se respeitarmos o cânon, acessar um portal através do qual seremos lançados a uma outra vida. Esse ganho de vida suplementar seria incorporado se vencêssemos todos os obstáculos postos, acumulando pontos para de forma automática acionar um antídoto anulando a letalidade da droga ingerida ou eliminando um de seus componentes, a morte. Morte, íntima de todos que ingeriram vida, irmã gêmea desta, não terá assento à mesa e será ignorada na agenda que regula os compromissos. Mas vez ou outra nos surpreenderá com visitas inesperadas.
 Aparentemente seríamos através desse portal aberto conduzidos a vida eterna. Mas não são todos que terão acesso a essa graça, os que forem eleitos não saberão e uma grande parte deliberadamente não será contemplada por aquele que dizem ser o agraciador, mesmo tendo superado todas as provas postas.
E desde esse acontecimento que imprimiu o movimento, este não para; assim como as escolhas que nos fazem acreditar em um livre arbítrio.
O animal lamina a língua na lâmina, esta é a impressão, até por uma ação de auto preservação, assume o controle e rumina. Abastecendo-se com a gramínea/mundo troca lúmens; podendo dizem os que pregam auto iluminar-se.
Grandes templos para grandes arcas. A graça pousa em lugares que muitos não entendem. Salomônicos templos facilitam a compreensão, ampliam as doações, aumentam os milagres.

Um ciclo círculo confuso, sair das trevas de uma idade média com mídia, renascer e iluminar. Desanimar o animal? Não! Querer humanizar o que já é humano mudando o conceito, também não dá.

Júlio César de Carvalho Jota

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