O mistério, o enigma, atrai e
repele. O mundo, objeto que serve de tempero instigante continua o mesmo, com
suas paixões, suas barbáries; o desejo de humanizar aquilo que já é humanamente
humano escapa de dentro e vai abalroando nuvens, quando há; como se, enquanto
espécie, o animal no humano pudesse ser eliminado ou uma simples mudança de
conceito redirecionasse o seu comportamento; repicando, o pensamento cai em
terreno com pouca vontade de conversa. O mundo de dentro, entre carnes, anda
acovardado, rejeita, não acolhe, não responde, o animal está encolhido. Isto me
faz pensar que no ser humano o que anima o mal não é o animal que o habita. O
instinto no animal, a intuição no espírito são uma combinação boa para
contrapor um racionalismo puro. Laminar a lâmina do animal que ilumina é preciso.
Júlio César de Carvalho J
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