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Eles não veem novelas, se enovelam em novelos humanos; não velam só revelam a novela humana em novenas sacroprofanas. Júlio César de Carval...

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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Sangue virtual

      E agora como fica o mundo? Será que vamos ter que suportar e assumir sozinhos os nossos micros fascismos. As Gêmeas prenunciando uma profecia já acontecida inventaram um suicídio. E por isso morreu Bin Laden; agora Kadaf. Mentira por mentira levou aquele outro lá do Iraque; não agüentando mais ser um parque temático o cubano só escreve memórias póstumas; o venezuelano está com problemas intestinais; o vizinho próximo está ocupado legalizando sua montadora. Aqui, como no século 19 “está tudo como dantes no quartel d’Abrantes”. O estoque de ditadores e príncipes tiranos, brinquedos do ocidente, chegou ao fim? E os analistas de mercado? Aqueles que dão nota para receberem notas. A quem culparemos?
      A rede arroga para si ser o estopim dessas “revoluções”. Gente da academia a partir dos seus gabinetes climatizados; filósofos, sociólogos, comunicólogos, semiotas, compartilham links: passeata na Grécia, acampamento ocupem Wall Street promovido pela classe média americana que não admite ficar à margem do consumo; marcha contra a corrupção, a favor da maconha, contra o preconceito, pela paz, contra a violência, a favor do humor livre (vide caso cqc).
      Nossa que coisa mais fantástica, parece que estou vendo a vibração, essa energia virtual contaminante, que nos faz ficar o tempo todo em frente ao monitor, incapazes de nos movermos. E as mensagens continuam, em avalanche, quase não dá tempo de ler ... rapidez ... palavra ... palavras! Imagens ... Sons... E nós nos fazem acreditar quase que cegamente que esta movimentação toda é motivada pelo sangue virtual que corre pelos cabos e satélites, pelas veias das infovias. O sangue que escorre pelas calçadas e ruas é só uma abstração, afinal nós não o vemos. Ave Rede. Vôte! Cruz Credo.

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