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Eles não veem novelas, se enovelam em novelos humanos; não velam só revelam a novela humana em novenas sacroprofanas. Júlio César de Carval...

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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

“BABY BOY”

      O diretor John Singleton através da captura deste fragmento, conta a história de um jovem que se vê cotidianamente às voltas com as problemáticas do mundo atual: o desemprego, a paternidade precoce, as drogas, a violência, o sexo e o desejo de independência mas sob as asas de algum anjo que o abasteça, no caso a mãe.
      História que referencia a de milhões de outros jovens em qualquer parte do mundo; na Rocinha, no México, nos guetos americanos, na Índia, aqui no bairro Dom Aquino ou em Copacabana, independentemente de cor ou classe social.
      O que percebemos é a falência do Estado. A cidade não cumpre o que promete. Daí a necessidade de degustar histórias alheias, embora tenhamos em potencia o nosso pedaço autobiográfico, que pode ser contado e, ele mostra isto no filme.
      Editamos a realidade a cada instante, podemos fazer os cortes que desejarmos, mas assim como em um filme a montagem tem um fator fundamental porque opera com o nosso estoque de memória, que convenientemente, muitas vezes, fingimos não existir.
      O filme mostra como as vezes fazemos o corte errado, uma edição equivocada, mas temos sempre a possibilidade de remontar, dar novas cores, mudar a posição da câmera, iluminar de forma diferente a nossa existência.

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