O diretor John Singleton através da captura deste fragmento, conta a história de um jovem que se vê cotidianamente às voltas com as problemáticas do mundo atual: o desemprego, a paternidade precoce, as drogas, a violência, o sexo e o desejo de independência mas sob as asas de algum anjo que o abasteça, no caso a mãe.
História que referencia a de milhões de outros jovens em qualquer parte do mundo; na Rocinha, no México, nos guetos americanos, na Índia, aqui no bairro Dom Aquino ou em Copacabana, independentemente de cor ou classe social.
O que percebemos é a falência do Estado. A cidade não cumpre o que promete. Daí a necessidade de degustar histórias alheias, embora tenhamos em potencia o nosso pedaço autobiográfico, que pode ser contado e, ele mostra isto no filme.
Editamos a realidade a cada instante, podemos fazer os cortes que desejarmos, mas assim como em um filme a montagem tem um fator fundamental porque opera com o nosso estoque de memória, que convenientemente, muitas vezes, fingimos não existir.
O filme mostra como as vezes fazemos o corte errado, uma edição equivocada, mas temos sempre a possibilidade de remontar, dar novas cores, mudar a posição da câmera, iluminar de forma diferente a nossa existência.
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