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Eles não veem novelas, se enovelam em novelos humanos; não velam só revelam a novela humana em novenas sacroprofanas. Júlio César de Carval...

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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

47 Cromossomos, Juan Maro, Cláudio Dias e a turma toda...

      Quando vejo a manifestação sonora destes meninos imagino logo uma desconstrução musical, coisa que os meus ouvidos de leigo não poderiam se atrever a determinar. Estes dias, observando com os sentidos mais atentos estes movimentos, senti a sutileza da mensagem que é realmente uma desconstrução, mas a desconstrução desta estética monocromática, que envolve o planeta, onde as pessoas se solidarizam cada vez menos, não são engajadas, utilizam muito pouco o poder da sua opinião. Daí a compreensão quando dizem palavras de ordem e viajam na sensação adrenalitica dos extremos ideologizando o espetáculo, protestam contra o liquido escuro que envenenam nossos rins, a monocultura, a exclusão da elite confinada em seus guetos alfavílicos. Usam o corpo como suporte da multicoloridade que a terra lhes proporciona, exatamente para mostrar a diversidade infinita de possibilidades entre os seres nem bons nem maus que somos nós, os humanos. Por ser um grupo músico-teatral imagina-se uma coreografia perfeita de marcação de palco e tudo mais, o que vemos é uma coreomania, onde cada um incorpora a energia dos primórdios transformando tudo à sua volta num tresvario, num delírio, em alegria e harmonia sem fim. O público recebe um direto (upper) no queixo e anestesiados pelo golpe inesperado balançam ritmados, mergulhando fundo nas batidas do próprio coração.

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