Nasci numa sexta feira santa (03/04/53) as 18h00min, hora da procissão. Escorreguei literalmente pelas pernas de Maria. Me envolvi com a encruzilhada do morro do mendanha, numa dialética interessante. Cultivei hortas, daí a paciência pela colheita. Vi Mauro Borges entrincheirado em plena praça cívica, cercado por tanques sherman, não se submeter.
No nascedouro dos 60, o começo contra o racismo; o feminismo ganhou força; a explosão mágica de 68 inspirados por Marcuse, Marx, Sartre, Simone de Beauvoir e outros; criticou-se o que já era; a Primavera de Praga. Ascensão e morte de Luther King.
Em 1969 mais de 800 mil jovens conviveram entre si por mais de três dias, em paz e harmonia. Ao mesmo tempo em que criticavam o capitalismo, não apoiavam o autoritarismo dos regimes socialistas. Os movimentos feministas se fortaleceram, o Black Power, a liberação gay ou o inicio do movimento por uma livre opção sexual.
No Brasil ingênuo, estudantes e sindicalistas lutavam contra o "golpe". Surge a Tropicália e o ato Institucional nº. 5, Brasil Tricampeão: “Ame-o ou deixe-o”. Enquanto Europa e América ampliavam suas conquistas políticas e culturais, éramos impedidos, por estes mesmos, de que o mesmo acontecesse conosco.
Viajei este mundão velho de mochila; pegava carona e dormia onde desse; uma confiança extremada de que todas as “portas se abririam para um hippye de bom coração” .
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