Esse lance da
ideia em algum momento é interessante na elaboração de projetos que nas Cidades
imaginamos poder estruturar e melhorar a vida das pessoas, mas não sou tão
platônico assim a ponto de pensar que o real é a ideia, estou mais para Aristóteles,
Bacon, Hobbes, Locke, que colocavam as ideias para suar correndo na pista da prática.
Quando a ideia materializada e desvelada logo após se transforma em um gás nem
tão inodoro assim, deixa rastros, tenho que pensar qual foi e o que provocou a
intenção de executá-la. Quando o nome é muito maior que uma sigla e
representava e representa ainda milhões de pessoas me pergunto, qual a cena que
não foi minimamente representada e por quê? Fico aqui pensando deve ter sido
penoso as selfies com aquelas figuras; pisar o lodo pantanoso que eles pisavam,
mas fomos nós com as nossas escolhas o
obrigamos a isso; daí no chão craquelado cada passo é uma armadilha. Mesmo
assim penso que coisas boas aconteceram para quem precisava e os baús daqueles
que já estavam cheios, transbordaram. Penso que romantizar uma ideia a ponto de
transformá-la em adesivos que posteriormente serão apropriados pelo mercado
definitivamente não é uma boa ideia.
Júlio César de Carvalho Jota
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