Com o crescimento do mundo
tivemos que fazer algumas concessões, uma delas a mais relevante foi a de doar
parte da nossa liberdade natural para que todos, de certa forma, pudessem
conviver com segurança e mobilidade com a liberdade que lhes restou.
Faz parte
deste acordo obedecer pela ordem, ordem esta materializada por leis que nós
autorizamos que se fizessem através de representantes nomeados por nós. Podemos
desobedecer pela ordem uma lei quando esta sendo mal aplicada, chamamos isso de
Desobediência Civil.
Tudo isto é
para dizer que nos sacrificamos muito para viver juntos neste mundo com 7
bilhões de habitantes humanos mais os bichos, as plantas e a metafisica. Paradoxalmente,
embora com a liberdade reduzida, autorizamos cada vez mais a coerção, um aperto
na liberdade que restou para criar uma ilusão de tranquilidade.
Quando o
Estado prende o sujeito e o isola supostamente é porque não cumpriu o trato,
mas mesmo assim ele o Estado tem que garantir mecanismos para que o sujeito se integre
e volte a tecer laços de sociabilidade. Não
é a situação atual; o Estado não garante o sujeito solto em sociedade nem quando
esta preso e confinado. Um período de total ingovernabilidade.
O Estado,
ocupado por governos espúrios, faliu e com ele todos os mecanismos que criamos
para desenvolver uma vida minimamente juntos também faliram. Acomodados nos
auto confinamos cada vez mais e a nossa massa critica passa a ser abastecida e estruturada
através de milhões de informações que chegam até nós pelas infovias que quase
sempre confundem os nossos sentidos.
Isto
facilita a vida daqueles os quais autorizamos a cuidar de todos sem distinção, eles
não cumprem o que combinamos e não percebemos, auto confinados que estamos, a
real situação que se encontram às Cidades, hoje completamente sucateadas, mas
mesmo assim ruas e calçadas continuam sendo o melhor lugar para navegar. As
calçadas, ruas, vielas e praças (muito poucas no meu trecho) clamam por nossa
presença. À elas então.
Júlio César de Carvalho Jota
Nenhum comentário:
Postar um comentário