É um milagre que as instituições funcionem, tocadas por
governos que estão sempre em campanha eleitoral, grupos que continuamente se desconstroem
para ter em mãos o domínio dos mapas do tesouro público.
Os planos começam a serem
montados nas campanhas municipais, porque são os municípios que fornecem a
matéria prima que vai abastecer todas as arenas institucionais de discussão. Nos
municípios escolhemos vereadores, prefeitos, deputados estaduais e federais,
senadores e presidentes; neste modelo funciona uma usina que expele produtos ad
eternum de péssima qualidade que só existem para terem acessos a estes mapas.
Não
é mais possível manter esta forma onde indivíduos se apropriam destas
instituições por períodos indeterminados, ocupando seus corredores, salas e antessalas,
obtendo em razão disso domínio total sobre tudo e todos, uma posse amoral. Para
todas essas categorias o mandato tinha que ser de no máximo cinco anos, sem
direito a reeleição, com eleições unificadas.
Não resolve um fora governo sem
mudar o modelo. O governo que escolhi teve quase dezesseis anos para promover
todas estas reformas, tributária, politica, acabar com a farra dos banqueiros, com
a corrupção, fortalecer o nosso parque industrial, gerar infraestrutura para que
este país pudesse usufruir de variados modais para sua mobilidade. Se tinha
maioria absoluta, aprovação popular, era quase unanime, qual foi o motivo que o
impediu de fazer? Agora ficamos nós com cara de tacho tentando defender o indefensável
com todas as suas invisibilidades. Vale ou valeu a pena. Iluminem-me.
Júlio César de Carvalho Jota
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