Percebo a
Cidade muda com ela mesma. Como se ela, a Cidade, não se permitisse momentos na
escuridão; está tudo excessivamente iluminado; aquele fade noturno necessário
para ficar ela com ela mesma foi engolido pelas luminárias e desta forma é impossível
momentaneamente deixar o mundo das aparências e aquele dialogo silencioso, interior,
fracassa.
Não existe
uma rota de fuga, “nunca desliga”. Como se depois de tanta existência não houvessem marcas, profundas, que pudessem abastecer esta provável conversa. Ou se as
marcas estão impressas há um interesse em não percebê-las. Um medo que abastece
o medo de ter medo.
Júlio César de Carvalho Jota
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