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terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Avalanche

Um deputado do PT que faz parte do conselho de ética da câmara dos deputados que vai decidir pela indicação da cassação ou não do Eduardo Cunha, disse que mudará seu voto para salvar o governo. Na ótica vesga dele salvando Cunha salva o governo. Mas um governo que gera sua governança fazendo acordos deste tipo já à algum tempo está sendo salvo para defender os interesses de quem? Se é que existe um governo para ser salvo e se existir não esta cumprindo o acordo feito quando depositei meu voto escolhendo-o como meu representante.
Sei que estão levando a coisa com a barriga, esperando o dia 23 de Dezembro, inicio do recesso parlamentar. Voltam em Fevereiro, 50 dias para conspirarem a forma mais vantajosa de manter ou não manter o que nos desgoverna; depois temos as Olimpíadas. Mas lembrem-se a coisa não está como antes, as ondas de pensamentos sejam lá quais forem e que rumos elas tomam, abastecidas por absolutos transitórios, aumentaram bastante seu nível de circulação.
Os comentários dos falantes entendidos desconsideram completamente o pensamento da periferia do poder como se só existissem os acordos dos corredores do palácio e dos parlamentos. A insatisfação pessoal, o fracasso, aquela coisa de ilusoriamente galgar degraus e depois despencar como se estivesse em uma rampa congelada acorda ou desacorda o precariado, não sei qual o pior.
Não dá mais para desconsiderar a completa ingovernabilidade fácil de perceber quando notamos que a forma de alavancar alianças só serve para flagelar mais ainda a nossa “guerreira”. Esta aparente calmaria, trégua, esta derramando seu excesso e barreiras não estão estruturadas para receber a avalanche que está se formando.


Júlio César de Carvalho Jota

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