
foto: Jamal Dajani
Uma foto aérea de migrantes fugindo desesperados de ações radicais e violentas acontecendo em seu território me leva a pensar sobre a frieza na tomada de decisões daqueles que podem acolher. Pensando, imagino que sejam só humanos exercitando sua, ainda, primitiva humanidade. Não entenderam que a principal lei da natureza que é a autopreservação da espécie só acontece se preservarmos o outro, caso contrário caminhamos para a extinção. Neste momento vivenciamos como era no inicio um individualismo exacerbado, cada um cuidando de si. No discurso dizemos querer fronteiras abertas para qualquer parte, mas na prática criamos cada vez mais divisas que nos confinam. Os comentários sobre o assunto mais uma vez são focados na cômoda posição de criticar as consequências que o fato demonstra, mas as causas passam ao largo do assunto, o que me faz perguntar, não tolerar a radical intolerância de determinados grupos pode fazer de mim um intolerante neste mundo dos politicamente corretos? Estamos assim, todos aprendendo, muitas vezes ignorando os nossos próprios micro fascismos.
Júlio César de Carvalho Jota
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