Embora a nossa República tenha
sido fruto, distante, de uma gravidez
provocada por um ato mis em cênico e midiático que foi a independência em
setembro de 1822, ato este financiado pelas oligarquias da época, ou seja, não
tinha povo na encenação, um cavalo, uma espada, um chapéu e alguns figurantes,
se eles dominassem o cromaki, meu Deus.
Sessenta e sete anos depois o parto acontece
e nasce a República, com um cavalo, uma espada, um chapéu e figurantes, já contaminada por vícios que perduram até hoje
que aconteceu pela insatisfação contra atos de corrupção e insatisfação da
elite, na época agrária, que exigia mais poder e por isso queriam o fim da
monarquia, sempre os mesmos.
Cento e vinte e seis anos da proclamação
observamos outro ato mis en cênico este sim construído com que há de melhor na
tecnologia da desconstrução, câmeras fechadas, pesquisas com as famosas margem
de erro, usam e abusam do photoshop, da
contra informação; as infovias abarrotadas com os jogos das militâncias, mas o que mais me chama a atenção é que nas decisões o povo
continua de fora e estas ações que continuam sendo promovidas pelas oligarquias
de antão são para embebedar e causar
orgasmos temporários. A coisa vai continuar confusa com ou sem o que está de
plantão.
O lance é que este modelo já era e estes movimentos, dizem só do “povo”
branco, não penso assim, não vai parar, o que assusta os que estavam e imaginam
que ainda estão na condução de cabresteiros. Se não acontecer uma autocritica
destes que compõe o governo e de todos que participam de suas legislaturas vai
ficar cada vez mais aguda a dor provocada por esta agulha que cutuca.
Júlio César de Carvalho Jota.
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