Excesso de informações banalizam
o valor da palavra e a impressão que querem passar é a do desencontro, que
causa dúvidas, apostas, competições, “não te falei”. O pensador da hora sabe que
a grande maioria não empoeiram as botas - até mesmo porque quando tentaram
empoeirá-las os black blocs colocaram-nos para correr - ficam tecendo suas opiniões no conforto do sofá,
em frente ao monitor/ televisão ou através dos seus lap tops, Smartfones e
outros. Não saem as ruas, não conhecem nem o fragmento de suas calçadas, às
vezes se perdem na própria casa. O que os abastece são as imagens das
televisões, as ordens dos diretórios, a enxurrada de opiniões das redes sociais
que, aliás, é muito bem utilizada pelos que se interessam, e são um bocado, pela
falta de ordem. Todos vociferam, mas ninguém sabe quase nada. Se aquilo foi ou
não uma encenação; se é repetidamente midiatizado, pode não ser, mas
transforma-se em uma encenação. Desta forma abandonam o seu município, o seu
trecho, o lugar onde moram, o seu bairro, a sua quadra e facilitam para os
oportunistas de plantão. O interesse é nos afastar daquilo que é necessário
observar para melhorar a vida no nosso entorno, no caso, o nosso município. Se
fossemos severos com as questões que fazem da nossa cidade um verdadeiro lixo e
agíssemos como verdadeiros cidadãos, criaríamos um dominó positivo, cada um
contaminando o seu vizinho. Às vezes nos preocupamos com continentes tão
distantes e o hospital da cidade não tem nem um raio X básico. É para pensar
Júlio César de Carvalho Jota
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