O Estado é necessário para mediar
o cumprimento dos pactos celebrados, esta coisa de transferir parte de um
direito natural que todos possuem, para um outro que imagina-se fará a mesma
coisa; e é isto que transforma o ajuntamento em uma Cidade, privilegiando a
busca pela paz coletiva que é materializada em ações que permitam ao sujeito
usar a Cidade com a potencia de sua plenitude, nos deslocamentos através de
modais variados, no trabalho, na saúde, na educação, na segurança, no lazer, na
cultura. Mas o Estado sumiu o que observo são picuinhas, miserabilidades, incompetências.
Interesses pessoais e de grupos canibalizam a Cidade. Nas câmaras e assembleias
discute-se tudo, menos aquilo que é de interesse da Cidade ou que devemos fazer
para transformar a Cidade em um lugar cada vez melhor para viver. Por isso as
máscaras são cada vez mais visíveis as que vão caindo da face dos que teriam
que fazer da política uma materialização de comunicações da periferia para o
centro do poder e aquelas que o sujeito desassistido vai colocando para
significar um estado de guerra. Quando a mediação da transferência dos direitos
deixa de ser feita como pactuado, voltamos ao estado de guerra de todos contra
todos como já dizia um conhecido, o Thomas de Malmesbury.
Júlio César de Carvalho J
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