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Eles não veem novelas, se enovelam em novelos humanos; não velam só revelam a novela humana em novenas sacroprofanas. Júlio César de Carval...

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terça-feira, 10 de março de 2020

Quem pode perdoar?


          Nesse mundo cris Tão, onde o pai-deus na sua onisciência determina o ponto A e o ponto B e não acha tempo nem desejo para cuidar dos intervalos, por isso grandes templos são erigidos em seu nome; estrategicamente instala um livre arbítrio cujas escolhas embora possam ser escolhidas, são ditatoriais, pois não tem como não escolher, o passo já está dado. Pergunto: Qual a estética do pecado que merece perdão, imaginando sempre que os pontos de entrada e saída já estão determinados, as escolhas já estão feitas, podendo ser dramatizadas de variadas maneiras durante esse entre meio? E na escolha que já está feita, posso escolher variáveis que em função da onisciência do pai-deus, também já estão determinadas, existe o pecado e suas variantes estéticas? A espécie humana, em transição, que ainda têm instaladas no seu ânima ou intimo a virtude e a barbárie, tendo o apetite do corpo como seu maior aliado, pode se apropriar da pureza, que não tem, para obter o certificado divino que lhe concede o direito de ao outro perdoar?
          Navegamos em um solo dantesco, embarcados em uma canoa furada, já fazendo água, longe das margens, assediados por bilhões de almas contidas. Infartadas. J

Júlio César de Carvalho Jota


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