Nesse mundo cris Tão, onde o pai-deus
na sua onisciência determina o ponto A e o ponto B e não acha tempo nem desejo
para cuidar dos intervalos, por isso grandes templos são erigidos em seu nome; estrategicamente
instala um livre arbítrio cujas escolhas embora possam ser escolhidas, são ditatoriais,
pois não tem como não escolher, o passo já está dado. Pergunto: Qual a estética
do pecado que merece perdão, imaginando sempre que os pontos de entrada e saída
já estão determinados, as escolhas já estão feitas, podendo ser dramatizadas de
variadas maneiras durante esse entre meio? E na escolha que já está feita,
posso escolher variáveis que em função da onisciência do pai-deus, também já
estão determinadas, existe o pecado e suas variantes estéticas? A espécie
humana, em transição, que ainda têm instaladas no seu ânima ou intimo a virtude
e a barbárie, tendo o apetite do corpo como seu maior aliado, pode se apropriar
da pureza, que não tem, para obter o certificado divino que lhe concede o
direito de ao outro perdoar?
Navegamos em um solo dantesco,
embarcados em uma canoa furada, já fazendo água, longe das margens, assediados
por bilhões de almas contidas. Infartadas. J
Júlio César de Carvalho Jota
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