Percebo a perplexidade das
pessoas quando comentam sobre as demonstrações de racismo, homofobia,
intolerância e violência incontrolável, como se quem as cometessem fossem
alienígenas. Não faz muito tempo nos apartamos da ludicidade do campo e o campo
de certa forma harmonizava a animalidade do animal em nós. Hoje somos animais
urbanos/humanos, confusos, tentando entender o porquê da tentativa de
desnaturalizar a nossa natureza; continuamos aprendendo embora uma parte grande
pense ter a certeza que sabe tudo. A nossa cabeça, uma portaria, constantemente
aberta e o descontrole para aquilo que entra é total, acontece o tempo todo;
daí vem os equívocos que em determinados momentos se materializam sem dar
oportunidade de um outro movimento, até de forma violenta. As vezes alguns pensamentos nos assustam. Por
isso não basta pensar, temos que pensar várias vezes o pensamento pensado para
entender que no esculpir de nós mesmos as raspas, as sobras não são eliminadas.
Vão e voltam. Pensar é sempre um Pensar de novo. Tudo que exercitamos e
praticamos, o fazemos na plenitude da nossa humanidade.
Júlio César de Carvalho Jota.
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