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quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Habemus oposiciones

Cultuam a bandeira e o hino; vão à missa (oucultos) todos os domingos; valorizam a família nos moldes tradicionais não admitindo o aborto; são xenófobos, homofóbicos, de comportamentos antigos. Enfim, defensores dos costumes e da moral que lhes sejam convenientes. Até a pouco misturados a nossa ainda incipiente república aos liberais, social/democratas e até na esquerda, sem declararem-se abertamente como reacionários de direita.
Com a acirrada disputa eleitoral e em consequência disso não perceberam que as máscaras estavam escorregando lentamente e no pós-eleição ficaram completamente nus sós com sua até então velada opinião. Ingenuamente, incrível, mas não tinham conhecimento do carimbo que poderia ser-lhes imposto.
Com o recuo dos partidos de centro direita que tem no liberalismo a sua principal bandeira, que também defendem a família, a propriedade, mas que admitem o aborto, o casamento gay, ficaram tontos, acreditavam que o candidato derrotado iria recebe-los com um esfuziante e apertado abraço, não foi o que aconteceu. As declarações dos partidos  que os abrigavam foram duras condenando qualquer movimento que colocasse a liberdade democrática conseguida com tanto suor e sangue em risco.
O grande guru Lobão disse que não tem nenhuma intenção de liderar nada é só um cidadão contra o PT.
Estão juntando fragmentos para montar um quebra cabeças sem cabeças. Ou criam um PdaD (Partido d direita) assumindo-se de direita bem a direita ou vão voltar para as igrejas ou templos que tem como regra uma cartilha “a moral e os bons costumes” de muito tempo atrás. No caso dos católicos não esquecer que o Papa Francisco é o mais Pop de todos.
Penso ser interessante esse novo mapa político que configura-se. O candidato derrotado alavancado a condição de liderança de uma agora centro direita que descobre-se forte e capaz de confrontar um PT tendo que voltar as origens deixar de estar centro esquerda para ocupar o lugar que os levaram ao poder, sair do muro conveniente do centro. E agora uma fumacinha de gravetos esfregados a torto e a direita começa a se elevar ainda manobrada pelos ventos.
Para quem reclamava da falta de oposição. Vamos ter um Congresso Nacional transformado em uma verdadeira arena em 2015. Pena que assembleias legislativas estaduais e câmaras de vereadores fiquem longe deste processo. Mas chegamos lá.


Júlio César de Carvalho Jota

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