05:30 da manhã, no escritório, desconstruindo vestígios de uma louca paixão felina do gato de telhado alcunhado Alemão pela minha gata Gaya. O bicho tem uma pegada; no caminho, pelos, urinadas e algumas gotas de sangue. Água sanitária, desinfetante, estou ali tirando marcas, quando ouço batidas na porta; olho pela fresta e vejo uma senhora com seus 60 anos e duas crianças, imagino serem seus netos. Abro a porta, como range esta danada, pergunto o que ela precisa, a senhora; ela me pede, gentilmente, um pouco da minha atenção, pois tem um comunicado muito importante a fazer. Pensei, antes da 06:00 da manhã a missão para ela deve ser importante, deixemo-la então cumprir este trecho. Pergunta se tenho uma Bíblia em casa, não sei por que, mas disse que não tinha, embora tenha. Fica espantada, faz um gesto de proteção, abre uma pequena sacola e dela retira uma Bíblia, já gasta, abre-a em um texto já marcado em vermelho e, o lê para mim, que diz coisas sobre o fim dos tempos, três ou quatro linhas; olha nos meus olhos dizendo que só com Jesus ficaria protegido das tormentas que se abateriam sobre as “nações”, as crianças a olhavam com um misto de admiração e ainda com muito sono.
sábado, 21 de agosto de 2010
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