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segunda-feira, 24 de maio de 2010

A Tirania da escolha

     
    A escolha é tirânica. Não tem como não escolher. Ja dizia o pensador não escolher também é uma escolha; o passo está dado. Embora não saibamos do amanhã, a projeção é de sempre estamos rumando para ele.
    Por isto muitos escolhem o sono para tentar quebrar este paradigma; pois a impressão é que dormindo somos outro, temos uma chance. Mas de repente escolhemos abrir os olhos e pronto, as escolhas estão ali dentro de um pote dando-nos a impressão que escolhemos.
    Ninguém me obriga; a escolha esta feita, escrevendo ou não estas mal traçadas. Mas não sou determinista para afirmar se sou causa e causador do meu movimento. Estou resolvendo isto ainda.
Por isto penso a liberdade como algo inalcançável para seres urbanos/humanos necessitados, como dizem alguns, de serem re-humanizados.

             Há uma beligerância entre razão e vontade.

     Quando digo que foge por entre dedos é porque liberdade não é uma simples condição de escolha; afinal direita ou esquerda, azul ou vermelho, seco ou molhado, além do animal urbano/humano, qualquer animal não humano pode fazer, é só uma questão de técnica, condicionamento.
    A Liberdade está além da simples escolha. Por isto exige um exercício constante que me faz perceber que apesar das escolhas, já certas, a Liberdade vai exigir muita transpiração para ser vislumbrada.
    Os estoicos diziam que só os sábios eram livres, mas como sabedoria não faz parte do kit, as arestas vão sendo aparadas com o tempo.
Júlio César de Carvalho Jota

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