O corredor coberto de rosas, o vestido branco purificador; o sorriso e o suor daqueles que se prometem, sacralizando ali, naquele momento, possíveis e às vezes certas profanidades. O que destoa é o arcaísmo do sermão e o simplismo que tenta impor: “Promete ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-lhe e respeitando-lhe até que a morte os separe”. Penso que é muito mais do que isto.
Saber onde está a paixão ,e, o momento em que o amor vai prevalecer é fundamental. Na maioria das vezes apaixonamos-no pelo príncipe encantado ou pela bela adormecida, mas amar o sapo e a acordada é o grande lance. A paixão nos torna controladores o que facilita a partir deste momento o desvelamento do sapo ou da acordada.
Lembrar que ambos escolheram livremente estar um ao lado do outro; que amar é saber ser amigo(a), ser amante; e sem duplicação de personalidade saber quando ser um, quando ser outro.
E assim que o tempo for passando muitas vezes, porque vai acontecer, alguns sonhos não se realizando, ter a madureza para entender. Sentir prazer sempre, porque afinal vocês se escolheram. Não sejam uma surpresa diária para o outro, deixem-se conhecer.
O cotidiano, aquela coisa rotineira, não pode justificar humores ou a falta deles, né mesmo! Sexo! Totalmente “sem vergonha”, sem falsos pudores. Filhos uns onze, nem tanto né! Mas não sejam tão “executivos”, tenham alguns, vocês estarão oferecendo uma oportunidade para o universo, já pensaram um novo Gandhi, uma nova Indira ou simplesmente um João e uma Maria, uma Ana e um Luís.
Lembrem-se liberdade é algo que se constrói diuturnamente, não sejam um escravo do outro. Às vezes precisamos estar sós; uma alienação momentânea em nós mesmos, o casamento não elimina com isto. Não decidam nada no calor das discussões, porque elas, as discussões, fazem parte deste movimento; acalmem-se, respirem, troque de lugar, coloque-se no lugar do outro. É isto.
De alguém que não está nem longe, nem perto, só junto dos seus corações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário